sexta-feira, 15 de março de 2013

PROJETO PLANTAR - 2013


Coordenação:  
                          Marília da Piedade Ribeiro (Diretora)
                          Marcelli Cristina Moreira (Professora de Ciências 6°ao 9°ano)
                          Maria do Carmo Ribeiro Souza (Eventual) 




A Escola “Estadual Agnaldo Edmundo Silva” está envolvida com vários projetos desenvolvidos pela Direção, Professores, Equipe Pedagógica e Alunos, que buscam entre todos os objetivos despertar a consciência critica , participativa e a cidadania como direito inquestionável do cidadão brasileiro. Este projeto é desenvolvido na escola desde o ano 2000 e começa a ser desenvolvido na sala de aula desde o início do ano letivo e tendo como culminância o pedágio em frente à escola no dia 21 de setembro.

Justificativa: Este projeto se justifica pela necessidade de conscientização do aluno e toda comunidade escolar ,quanto há importância da preservação e cuidado com o meio em que ele frequenta. Há também a finalidade de conseguirmos aumentar o número de árvores frutíferas nos quintais de nossa comunidade. Isso faz com que todos, principalmente nossos alunos, compreendam a importância das frutas sem agrotóxico em nosso dia-a-dia. Importante também no aspecto social, cultural, econômico e alimentar, além de  ajudarem a diminuir a temperatura do lugar em que a árvore foi plantada, refrescando-o, lembrando do efeito estufa.  

Objetivos:
_Conscientizar alunos e comunidade escolar quanto a importância da preservação e a valorização do ambiente onde estudam e o cuidado que todos devem ter com o meio ambiente num aspecto geral, assim como cultivar árvores frutíferas que possam ser plantadas no quintal de casa, sendo fonte de alimentação saudável;
            _Despertar o interesse do aluno para a valorização, plantio e cuidado com as plantas;
     _Entender sobre os diversos nutrientes encontrados em cada espécie de fruta, conscientizando-os que é necessário a ingestão de uma variedade maior de frutas para se ter saúde;
         _ Ampliar o número de mudas arrecadadas no dia da culminância, tendo também a participação de todos os professores e funcionários com doações de mudas. 

Metas:
_Aumentar o número de mudas de árvores frutíferas arrecadadas ,com intensa participação dos alunos, professores e funcionários da escola, para serem distribuídas no pedágio no dia 20 de setembro de 2.013;
_Fazer registros de todas as ações do Projeto Plantar;
_Conseguir uma maior participação da comunidade ao deixarem que um grupo de alunos plantem árvores em seus quintais e possam com o tempo acompanhar seu desenvolvimento  

Ações: O aluno é incentivado a cultivar duas sementes de árvores frutíferas. Este trabalho tem as orientações e acompanhamento da professora regente do 1° ao 5°ano, pois, começa do preparo da terra que vai receber a semente, e da professora de Ciências do 6°ao 9° ano que ensina como fazer germinar uma semente ou transplantar mudas. A maior parte das espécies são cuidadas em casa, e tanto o aluno quanto sua família são incentivados a cuidar da espécie que” será distribuída em um pedágio que acontece em frente a escola. Também iremos plantar algumas mudas na escola e nas casas de alguns alunos, os quais as famílias se dispuserem a isso.
 Além de tudo isso, durante o ano faremos um mutirão para capina , plantio e cuidado com a horta e limpeza do pátio da escola.  Durante o desenvolvimento do projeto, as aulas serão planejadas  com assuntos relacionados ao meio ambiente.Incentivos como por exemplo, o uso de materiais recicláveis como as garrafas pets cheias de água usadas para sustentar a terra dos canteiros da horta e mesmo para venda do material reciclável que com o  dinheiro comemora-se Dia do Estudante e Dia das Crianças .
               Em agosto os alunos participarão de um concurso de frase ( slogan) e outro de desenho (logotipo) para que sejam usadas no dia da culminância. Participarão todos os alunos, do 1° ao 9°ano, com coordenação dos professores regentes do 1° ao 5° ano e professora de Ciências Marcelli do 6° ao 9° ano. Para a escolha da melhor frase e desenho todos professores, supervisoras e diretora terão direito a opinar e ganhará o mais votado.  
                     Contamos sempre com a parceria do Instituto “Chico Mendes” de Paraopeba que doará algumas dezenas de mudas. A presença da polícia militar  no dia do pedágio é de extrema necessidade para a segurança de todos nós.

Material: terra, esterco, recipientes ( os quais podem ser reutilizáveis), sementes ou mudas.

Estratégias: A estratégia usada pelas professoras é o incentivo e o estímulo, para que um maior número possível de alunos e pais integrem no projeto e ajude o meio ambiente .

Tempo:
Plantio: durante o mês de março.
Atividades em sala relacionadas ao projeto: Março à setembro.
Concurso de frases sobre o projeto: durante mês de agosto.
Concurso de desenho, um logotipo: durante mês de agosto
Plantio nas casas dos alunos: após o mês de setembro, início do período chuvoso.

Culminância: No dia 20 de setembro faremos o pedágio frente à escola, no período matutino e vespertino.

Avaliação do projeto: O Projeto é avaliado na  entrega das mudas e durante as questões sobre meio ambiente nas avaliações escritas além de toda semana ao trazerem material reciclável.Também o aluno é avaliado durante a participação no pedágio com a distribuição de mudas. Os professores, pais e alunos são convidados a relatar suas experiências, considerando os aspectos positivos e negativos, na expectativa de buscar sempre o melhor para cada ano.



quarta-feira, 13 de março de 2013

E.F.:Capoeira: Raízes africanas, origem brasileira

Várias sociedades africanas que falavam línguas semelhantes foram chamadas de banto pelos europeus. Acreditam-se que os bantos eram da atual região de Camarões e, em cerca de 1.000 a.C., começaram a migrar para o sul. Essa migração se estendeu até os séculos III e IV d.C., levando os bantos a se concentrarem no centro-sul da África, nas atuais regiões de Angola, Congo, República Democrática do Congo, Uganda Naníbia, Zâmbia, Moçambique, Botsuana.
Mapa atual da África

Nas novas regiões que ocuparam, os bantos introduziram a metalurgia, a agricultura e a forma de governo centralizada. Formaram sociedades matrilineares, nas quais as terras cultivadas eram consideradas de antepassados, as florestas eram comunitárias e o trabalho individual.

Nos primeiros séculos do tráfico de escravos, foram trazidos para as Américas, escravizados, muitos negros de grupos bantos. Esses grupos foram a maioria na Bahia, em Alagoas, Pernambuco, Maranhão, em Minas Gerais e no Rio de Janeiro e, muitos momentos, reproduziram aqui a organização social (especialmente nos quilombos), sua arte e sua visão de mundo. A capoeira, a congada, as danças e cerimônias de cateretê, caxambu, batuque, samba, jongo, lundu, maracatu, coco de zambê são heranças dos bantos.

Mapa do Brasil atualizado


O candomblé de angola, com o qual a capoeira angola mantém ligações, também é expressão de origem banto.

Capoeira é uma palavra de origem tupi que significa vegetação que nasce após a derrubada de uma floresta. No Brasil Colônia, esse nome foi também dado ao "jogo de angola" que apareceu nas fazendas e cidades desde que os primeiros grupos de negros de origem banto foram escravizados e trazidos pra cá.

A capoeira praticada em senzalas, ruas e quilombos foi vista como uma ameaça pelos governantes, que, em 1821, estabeleceram medidas de repressão à capoeiragem, incluindo castigos físicos e prisão. Essas medidas policiais contra a capoeira só deixaram de vigorar a partir da década de 1930, mas isso não significou que passasse a ser plenamente aceita e que seus praticantes tivessem a simpatia da sociedade brasileira.

O "jogo da angola" não foi aceito como uma forma de expressão corporal de indivíduos e grupos, em sua maioria negros, organizados, pensantes e vigorosos. Foi transformando em folclore, com a diminuição de seu significado grupal para os praticantes e, depois, em esporte ou arte marcial. Mas a forma não esportiva da capoeira também permaneceu, ligada a grupos de capoeira angola.

Assim, surgiram dois rumos de capoeira nas décadas de 1930 e 1940, que se distinguiram mais efetivamente a partir dos anos 70. Ocorreu, por um lado, a mobilização de grupos de resistência cultural afro-baiana, que perceberam nos poucos grupos angoleiros  manutenção dos elementos da capoeira trazidos pelos negros bantos, e, por outro lado, a organização da capoeira esportiva (capoeira regional) como arte marcial.



Fonte: Para Ensinar Educação Física: possibilidades de intervenção na escola/Suraya Cristina Darido, Osmar Moreira de Souza Júnior. – Campinas, pág 223 e 224, SP: Papirus, 2007






domingo, 10 de março de 2013

PRÊMIO VICTOR CIVITA EDUCADOR NOTA 10



O que é
Criado em 1998, o Prêmio Victor Civita Educador Nota 10 é a principal iniciativa da Fundação Victor 
Civita para a valorização do trabalho docente e a disseminação de práticas educativas de sucesso. 
Em 16 anos de existência, premiou mais de 170 educadores e entregou aproximadamente 1,8 milhão 
de reais em prêmios. É a premiação recordista em número de inscrições de toda América Latina, 
ultrapassando a marca de 48 mil participantes em sua história.

Quem pode participar
Poderão se inscrever educadores que desenvolveram seus trabalhos, em turmas regulares na rede 
pública e/ou privada, ou em escolas comunitárias ou filantrópicas de acesso público, podendo ser 
urbanas ou rurais. Serão aceitas inscrições de:
Professores de Educação Infantil e de 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental (incluindo Educação de 
Jovens e Adultos – EJA), nas seguintes disciplinas: alfabetização, língua portuguesa, educação física, história, arte, língua estrangeira, ciências, matemática e geografia;
Diretores, coordenadores pedagógicos e orientadores educacionais de Educação Infantil, de 1º ao 9º 
ano do Ensino Fundamental e de Ensino Médio (incluindo Educação de Jovens e Adultos – EJA). 

Inscrições
Quando: de 06 de maio a 07 de julho de 2013
Para realizar sua inscrição acesse www.premiovc.org.br
O que inscrever: experiências escolares que tenham sido realizadas e concluídas entre os meses 
de fevereiro de 2012 e maio de 2013, sendo que cada participante poderá se inscrever apenas uma 
vez. Leia com atenção o regulamento abaixo para não cometer erros na sua inscrição. 

O que contar no texto: Queremos conhecer o projeto que você desenvolveu com sua turma. 
Por isso, envie um relato detalhado da experiência. De maneira geral, você deve:
1. Deixar claro o que o diagnóstico inicial mostrou como necessidade de aprendizagem.
2. Apontar os conteúdos trabalhados, os objetivos e as estratégias.
Prêmio Victor Civita Educador Nota 10Prêmio Victor Civita Educador Nota 10
3. Mostrar como você planejou e quais foram as etapas do trabalho e como elas se relacionaram.
4. Contar como você lidou com a diversidade de conhecimentos da turma.
5. Explicar como e em que momentos você promoveu a interação entre os alunos.
6. Indicar como você avaliou os alunos.

O que consideramos um bom projeto: Não é preciso pensar em um projeto mirabolante. Atividades 
que comprovadamente impactaram a aprendizagem são mais valorizadas. Não se preocupe em redigir em linguagem formal. O mais importante é descrever os itens solicitados no regulamento.

Premiação

Classificação Prêmio
50 Finalistas 1 Assinatura anual da revista nova escola
20 Premiados 1 Assinatura anual da revista nova escola + 1 tablet
10 Vencedores 1 Assinatura anual da revista nova escola + 1 tablet 
+ 15 mil reais em dinheiro

Educador do ano 1 Assinatura anual da revista nova escola + 1 tablet 
+ 15 mil reais em dinheiro + 5 mil reais para a escola onde 
aplicou o trabalho + 5 mil reais para o educador do ano
16º Prêmio Victor Civita Educador Nota 10

Regulamento
1.ORGANIZADORA. O Prêmio Victor Civita Educador Nota 10 é uma iniciativa da Fundação Victor Civita (Organizadora) sociedade inscrita perante o C.N.P.J.M.F. sob o nº 54.956.206/0001-19, 
com sede na Avenida Otaviano Alves de Lima, n° 4.400, 6° andar, Nossa Senhora do Ó, na Cidade 
de São Paulo, Estado de São Paulo. 

2. PRÊMIO. O presente prêmio tem caráter cultural/educacional, sem qualquer modalidade de 
sorteio e visa identificar, valorizar e divulgar experiências educativas de qualidade, planejadas e 
executadas por professores, diretores, coordenadores pedagógicos e orientadores educacionais em 
escolas de ensino regular (o Prêmio).Prêmio Victor Civita Educador Nota 10

3. PARTICIPAÇÃO. Poderão se inscrever pessoas físicas, educadores, maiores de 18 (dezoito) 
anos, que desenvolveram seus trabalhos, em turmas regulares na rede pública e/ou privada, ou em 
escolas comunitárias ou filantrópicas de acesso público, podendo ser urbanas ou rurais. Serão aceitas inscrições:
3.1. De professores: de Educação Infantil e de 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental (incluindo 
Educação de Jovens e Adultos – EJA), nas seguintes disciplinas: alfabetização, língua portuguesa, 
educação física, história, arte, língua estrangeira, ciências, matemática e geografia. 
3.2. Diretores, coordenadores pedagógicos e orientadores educacionais: de Educação 
Infantil, de 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental e de Ensino Médio (incluindo Educação de Jovens 
e Adultos – EJA). 
3.3. É vedada a participação de funcionários(as), colaboradores(as), mantenedores da Organizadora, bem como de seus respectivos parentes de até 2º grau e cônjuges de quaisquer pessoas envolvidas diretamente na execução do Prêmio.

4.PRAZO DE INSCRIÇÃO. O período de inscrições será entre os dias 06 de maio de 2013 a 07 de 
julho de 2013 respeitando o limite de horário das 23h59 (horário de Brasília-DF).
4.1. As inscrições deverão ser feitas exclusivamente via internet através do site www.premiovc.org.br. 
Os participantes deverão preencher a ficha de inscrição fornecendo os seguintes dados necessários 
para sua identificação pessoal e profissional: nome completo, endereço residencial completo, telefone de contato, RG, e-mail, nome da escola, endereço completo da escola, profissão, segmento em 
que o trabalho foi desenvolvido, disciplina que leciona e anexar o trabalho que foi desenvolvido. É de 
inteira responsabilidade do participante o conteúdo do trabalho e os dados cadastrais fornecidos.
4.1.1 Antes de sua inscrição, os participantes deverão ler este Regulamento, disponível no site 
www.premiovc.org.br, e aceitar todas as condições, declarando e garantindo estar de acordo com 
os requisitos da cláusula 3ª. de Participação, bem como de que todas as informações prestadas em 
razão de sua participação são verdadeiras.
4.1.2 A Organizadora não se responsabiliza pelo não recebimento da inscrição enviada pelos participantes, bem como por impossibilidade de participação em razão de falhas ou erros de envio ocasionados por problemas no provedor de Internet utilizado ou no próprio site.
4.1.3 Caso o participante não receba a mensagem de confirmação de participação em até 03 (três) 
horas do envio da inscrição, é necessário que o mesmo envie um e-mail para premio@fvc.org.br in-Prêmio Victor Civita Educador Nota 10
formando a Organizadora. Não serão aceitas reclamações após finalização das inscrições.
4.2 As inscrições estão abertas para experiências escolares que possam ser comprovadas (por meio 
de produção de alunos, registros de classe, etc.) e que tenham sido realizadas e concluídas entre os 
meses de fevereiro de 2012 e maio de 2013, sendo que cada participante só poderá inscrever apenas 
um trabalho.
4.2.1 A participação é pessoal e intransferível. A Organizadora desclassificará aquele que se utilizar de inscrições múltiplas ou quaisquer métodos ilícitos ou contrários aos previstos neste Regulamento.
4.3 O trabalho, mesmo que desenvolvido em grupo, deve ser inscrito no nome de apenas um(a) 
educador(a) e, nesse caso, devem ser mencionados os demais autores que devem estar cientes da 
inscrição e do presente Regulamento, de modo a isentar a Organizadora de qualquer responsabilidade. 
4.3.1 A Organizadora premiará somente o(a) educador(a) em nome do(a) qual o trabalho foi inscrito, não se responsabilizando pela divisão do Prêmio entre os demais integrantes do grupo, se 
houver. Além disso, somente o(a) inscrito(a) participará da festa de entrega do Prêmio e dos eventos 
promovidos pela Organizadora.

5. TRABALHO. O trabalho deve ser digitado em fonte Times New Roman, corpo 12 (doze), espaço 
simples, em no máximo 6 (seis) páginas com numeração, conter nome completo do educador e título 
do trabalho no cabeçalho, e deverá ser encaminhado em formato .doc ou .pdf. 
5.1. O trabalho desenvolvido pelo educador deverá relatar uma experiência educativa e conter:
5.1.2. Professor:
• Justificativa (motivos para a realização do trabalho);
• Objetivos (o que o professor queria que os alunos aprendessem); 
• Conteúdos Curriculares (os conteúdos desenvolvidos para atingir os objetivos);
• Metodologia (o passo a passo de como o projeto foi desenvolvido); 
• Adequação das propostas caso haja alunos com necessidades educacionais especiais na classe (com 
a descrição das Necessidades Educativas Especiais - NEEs, de como o trabalho foi adequado e a 
articulação com o Atendimento Educacional Especializado – AEE); 
• Avaliação do processo de aprendizagem dos alunos e do trabalho pedagógico do professor; e
• Autoavaliação (assiduidade, compromisso profissional e investimento em autoformação). 
• Não devem ser enviados outros materiais (fotos, vídeos etc.), além do relato acima descrito.Prêmio Victor Civita Educador Nota 10
5.1.3 Gestor (diretor, coordenador pedagógico e orientador educacional): 
• Justificativa (motivos para a realização do projeto, breve histórico da escola, contexto em que está 
inserida, perfil da comunidade atendida);
• Objetivos (em ordem de importância – do geral para o específico – os avanços buscados pela equipe escolar e os objetivos para cada um dos atores envolvidos: diretor, coordenador pedagógico, 
professores, alunos, pais e outros); 
• Conteúdos Curriculares (os principais conteúdos trabalhados no projeto para atingir os objetivos 
propostos); 
• Metodologia (o passo a passo das ações propostas, recursos humanos e materiais utilizados e a 
articulação entre elas); 
• Avaliação (o impacto na aprendizagem dos alunos e a descrição dos instrumentos utilizados para 
o acompanhamento dos progressos; o trabalho pedagógico da equipe escolar e o desempenho de 
cada ator e o que poderia ser aperfeiçoado). 
• Autoavaliação (assiduidade, compromisso profissional e investimento em autoformação). 
• Não devem ser enviados outros materiais (fotos, vídeos etc.), além do relato acima descrito.

6. DO PROCESSO DE SELEÇÃO. A seleção dos ganhadores será realizada por meio da análise dos trabalhos enviados durante o período de inscrições. Os trabalhos serão analisados por uma 
Comissão Selecionadora, composta por membros indicados pela Organizadora, que selecionará os 
trabalhos conforme critérios apontados nos itens 5.1.2 e 5.1.3 da cláusula 5ª acima, selecionando: 
(I) 50 (cinquenta) trabalhos finalistas;
(II) 20 (vinte) trabalhos premiados dentre os 50 finalistas selecionados no item “i”, e
(III) 10 (dez) trabalhos vencedores dentre os 20 premiados no item “ii”. 
6.1. Serão divulgados no site www.premiovc.org.br na semana de 2 a 6 de agosto de 2013: 
6.1.1. Os 50 (cinquenta) trabalhos finalistas e os 20 (vinte) trabalhos premiados; e
6.1.2. Os 10 (dez) vencedores que também receberão uma ligação da Organizadora. 
6.2. Caso sejam verificados projetos idênticos, a Organizadora, de forma soberana, desclassificará 
ambos. 
6.3. Os 10 (dez) vencedores serão convidados a participar do evento de premiação conforme Cláusula 7 abaixo, no qual será divulgado o Educador do Ano, que será eleito por uma Comissão Julgadora, determinada pela Organizadora, com base nos critérios definidos na clausula 5ª e a relevância 
do trabalho para o cenário educacional brasileiro. Prêmio Victor Civita Educador Nota 10
Realização: Apoio:
6.4. A Organizadora será responsável pelo transporte domicílio/hotel/evento na ida e na volta, hospedagem e 3 refeições diárias, no período do evento e não estão inclusos nos gastos de viagem - (I) 
despesas de caráter pessoal tais como gorjetas, lavanderia, telefonemas e taxas sobre tais despesas; 
(II) bebidas alcoólicas; (III) excesso de bagagem; (IV) passeios extras; (V) gastos com autorizações, 
vistos, passaportes e taxas necessárias para a viagem-, conforme manual com orientações da Organizadora, que será enviado aos 10 vencedores. 

7. DA PREMIAÇÃO. A premiação dos 10 vencedores e a divulgação do Educador do Ano ocorrerá 
no dia 14 de outubro de 2013, na Sala São Paulo, localizada na Rua Julio Prestes, 16 – São Paulo / 
SP.
7.1. Os 50 trabalhos finalistas, 20 premiados, 10 vencedores e o Educador do Ano receberão como 
prêmio: 
a. 50 (cinquenta) trabalhos finalistas: 01 (um) ano de assinatura da Revista Nova Escola, com 
10 (dez) edições de Novembro/2013 a Novembro/2014, cada.
b. 20 trabalhos Premiados: 01 (um) tablet, modelo que contenha os seguintes requisitos, no 
mínimo: tela de 7 polegadas, acesso a internet Wi-Fi, Camera 2.0 MP, Sistema Android 4.0, cor 
preta, 16GB de memória, mais a premiação indicada no item “a” acima, cada. 
c. 10 Vencedores: R$15.000,00 (quinze mil reais) depositados na conta corrente indicada pelo 
participante vencedor, divulgação do trabalho vencedor em edições da Revista NOVA ESCOLA 
a serem determinadas pela Organizadora; mais a premiação indicada nos itens “a” e “b” acima, 
cada. 
d. Educador do Ano: R$ 5.000,00 (cinco mil reais) depositados na conta corrente indicada pelo 
participante vencedor eleito; R$5.000,00 (cinco mil reais) para a escola na qual foi desenvolvido 
o trabalho, que será depositado na conta corrente da escola ou da Associação de Pais e Mestres 
(APM); mais as premiações indicadas nos itens “a”, “b” e “c” acima. 
7.2. Os ganhadores receberão os prêmios, nos endereços informados no cadastro para participação, 
livres e desembaraçados de quaisquer ônus, no prazo de 30 (trinta) dias, contados da data de divulgação do resultado final.
7.3. Em nenhuma hipótese, os prêmios poderão ser substituídos, sendo os mesmos pessoais e intransferíveis.
7.4. Os ganhadores, ao receber o prêmio, concordam em assinar termo de recebimento, fornecendo Prêmio Victor Civita Educador Nota 10
cópia do documento de identificação (RG) e aceitá-lo sem direito a futuras reivindicações à Organizadora, bem como também concordam em isentar o mesmo e/ou qualquer empresa envolvida no 
Prêmio, suas companhias coligadas, subsidiárias e afiliadas, inclusive seus respectivos funcionários, 
representantes, prestadores de serviços e agentes ou qualquer outra pessoa ou organização envolvida diretamente ou indiretamente a esse Prêmio de toda e qualquer demanda ou ação legal consequente de sua participação ou recebimento e utilização de qualquer prêmio, com exceção daquelas 
relativas ao cumprimento, bom andamento e desfecho do Prêmio.

8. DAS CONSIDERAÇÕES FINAIS. Os participantes serão exclusivamente responsáveis por 
qualquer eventual questionamento decorrente de direitos autorais relativos ao uso de expressões, 
textos, fragmentos de texto, entre outras reproduções e/ou utilizações indevidas das obras, mesmo 
que parcialmente, respondendo cível e criminalmente pelos ilícitos que vierem a cometer no âmbito 
da propriedade intelectual, assim como pelo eventual uso indevido da imagem (em sentido amplo) 
de pessoas.
8.1. Os materiais que forem encaminhados por solicitação da Organizadora durante o processo de 
seleção não serão devolvidos. 
8.2. A premiação ficará sujeita à tributação incidente. A Organizadora fará a retenção do Imposto 
de Renda (IRRF), observando, para tanto, a tabela progressiva. 
8.3. Os participantes declaram, desde já, serem de sua autoria os trabalhos encaminhados e cedem 
e transferem para a Organizadora, sem quaisquer ônus para essa e em caráter definitivo, plena e totalmente, todos os direitos autorais sobre os mesmos, para qualquer tipo de utilização, publicação, 
reprodução por qualquer meio ou técnica, e na divulgação do resultado, incluindo sem se limitar a 
editar, publicar e reproduzir qualquer informação dos trabalhos enviados e divulgá-la por meio de 
cartazes, filmes e/ou spots, jingles e/ou vinhetas, bem como em qualquer tipo de mídia e/ou peças 
promocionais, inclusive em televisão, rádio, jornal, cartazes, faixas, outdoors, mala-direta e na Internet, respeitando sempre os direitos morais dos autores dos trabalhos.
8.4. A autenticidade dos trabalhos enviados pelos participantes será avaliada pela Comissão Selecionadora, sendo desclassificados os trabalhos que infringirem quaisquer das condições estabelecidas neste Regulamento.
8.5. Caso a avaliação a que se refere o item anterior, após a definição dos contemplados, ateste que 
qualquer deles infringira alguma das condições estabelecidas neste Regulamento ou declarara alguma informação inverídica, mesmo que por omissão, este participante será desclassificado e será 
declarado vencedor aquele que estiver classificado na posição imediatamente seguinte a ele.Prêmio Victor Civita Educador Nota 10
8.6. Caso seja constatado pela Organizadora qualquer descumprimento deste regulamento ou, ainda, tentativa de, o participante será automaticamente excluído do Prêmio, independentemente do 
envio de qualquer notificação e, caso seja ganhador, o prêmio será transferido para o próximo participante classificado dentro das condições válidas e previstas neste Regulamento. 
8.7. Ao participar desse Prêmio, nos termos deste Regulamento, os participantes estarão automaticamente cedendo o direito de uso de sua imagem e voz por prazo indeterminado, bem como os 
direitos de expor, publicar, reproduzir, armazenar e/ou de qualquer outra forma delas se utilizarem, 
o que as participantes fazem de modo expresso e em caráter irrevogável e irretratável, desde já e de 
pleno direito, em caráter gratuito e sem qualquer remuneração, ônus ou encargo, podendo referidos 
direitos serem exercidos por meio de cartazes, filmes e/ou spots, jingles e/ou vinhetas, bem como 
em qualquer tipo de mídia e/ou peças promocionais inclusive em televisão, rádio, jornal, cartazes, 
faixas, outdoors, mala-direta e na Internet, existentes ou que possam ser inventados, por todo prazo 
de proteção legal e sem limite de território, com exclusividade. 
8.8. As autorizações descritas acima não implicam em qualquer obrigação de divulgação ou de pagamento de qualquer quantia por parte da Organizadora. 
8.9. Os casos omissos e/ou eventuais controvérsias oriundas da participação no Prêmio serão submetidos à Comissão Julgadora para avaliação, sendo as suas decisões soberanas e irrecorríveis.
8.10. O participante que se comportar de forma que manipule intencionalmente a operação do 
Prêmio ou que violar os termos e condições impostos neste Regulamento, estará automaticamente 
desqualificado e/ou desclassificado, independente da etapa que o Prêmio se encontre.
8.11. Dúvidas e informações sobre o Prêmio poderão ser esclarecidas por meio do e-mail: 
premio@fvc.org.br. Esse Prêmio, assim como seu Regulamento, poderão ser alterados, a critério da 
Organizadora, mediante aviso no site www.premiovc.org.br. 
8.12. Fica desde já eleito o Foro da Comarca da Capital do Estado de São Paulo para dirimir quaisquer questões oriundas desse Prêmio.

Regulamento extraído de:
http://www.fvc.org.br/premio-victor-civita/pdf/regulamento-2013.pdf

sábado, 9 de março de 2013

E.F.: Capoeira Regional


Capoeira Regional e suas características

A Capoeira Regional é uma manifestação da cultura baiana, que foi criada em 1928 por Manoel dos Reis Machado ( Mestre Bimba ). Bimba utilizou os seus conhecimentos da Capoeira Angola e do Batuque (espécie de luta-livre comum na Bahia do século XIX) para criar este novo estilo.

Para fugir de qualquer pista que lembrasse a origem marginalizada da capoeira, mudou alguns movimentos, eliminou a malícia da postura do capoeirista, colocando-o em pé, criou um código de ética rígido, que exigia até higiene, estabeleceu um uniforme branco e se meteu até na vida dos alunos.
As características principais da Capoeira Regional são:
1. Exame de Admissão
Consistia de três exercícios básicos, cocorinha, queda de rins e deslocamento (ponte), com a finalidade de verificar a flexibilidade, força e equilíbrio do iniciante. Em seguida a aula de coordenação onde o aluno aprendia a gingar auxiliado pelo Mestre Bimba. Para ensinar a ginga, Mestre Bimba convidava o aluno para o centro da sala e frente a frente pegava-o pelas mãos e ensinava primeiramente os movimentos das pernas e a colocação exata dos pés, e em seguida realizava o movimento completo em coordenação com os braços. Este momento era importantíssimo para o iniciante pois lhe transmitia coragem e segurança.
2. Seqüência de Ensino de Mestre Bimba
O Mestre criou o primeiro método de ensino da capoeira, que consta de uma seqüência lógica de movimentos de ataque, defesa e contra-ataque, podendo ser ministrada para os iniciantes na forma simplificada, o que permite que os alunos aprendam jogando com uma forte motivação e segurança. Jair Moura, Ex-aluno explica: "Esta seqüência é uma série de exercícios físicos completos e organizados em um número de lições práticas e eficientes, a fim de que o principiante em Capoeira, dentro de um menor espaço de tempo possível, se convença do valor da luta, como um sistema de ataque e defesa". A seqüência original completa de ensino é formada com 17 golpes, onde cada aluno executa 154 movimentos e a dupla 308, o que desenvolve sobremaneira o condicionamento físico e a habilidade motora específica dos praticantes.
Os golpes integrantes da seqüência são:
Aú Armada Arrastão Bênção Cocorinha Cabeçada Godeme Galopante Giro Joelhada Martelo Meia Lua de Compasso Queixada Negativa Palma Meia Lua de Frente Role
3. Cintura Desprezada
É uma seqüência de golpes ligados e balões, também conhecidos como Movimentos de Projeção da Capoeira, onde o capoeirista projeta o companheiro, que deverá cair em pé ou agachado jamais sentado. Tem o objetivo de desenvolver a autoconfiança, o senso de cooperação, responsabilidade, agilidade e destreza. Os golpe que fazem parte desta seqüência são:
Aú Balão de lado Tesoura de costas Balão cinturado Apanhada Gravata alta
4 - Batizado
É um momento de grande significado para o aluno, pois encontra-se apto para jogar pela primeira vez na roda. Itapoan, Ex-aluno retrata o Batizado da seguinte maneira: "O Batizado consistia em colocar em cada calouro um nome de guerra. O tipo físico, o bairro onde morava, a profissão, o modo de se vestir, atitudes, um dom artístico qualquer, serviam de subsídios para o apelido". Fred Abreu referindo-se ao batizado, cita que na intimidade da Academia de Mestre Bimba ele assim se dizia "Você hoje vai entrar no aço". Desta maneira o Mestre avisava ao calouro que chegou a hora do seu batizado, era um momento de grande emoção, pois tratava-se de jogar capoeira pela primeira vez na roda amimada pelo berimbau. Para este jogo era escolhido um formado ou um aluno mais velho da Academia que estivesse na aula, que como padrinho incentivava ao afilhado a jogar, e após o jogo o Mestre no centro da roda levantava a mão do aluno e então era dado um apelido com o qual passaria a ser conhecido na capoeira.
5 - Esquenta Banho
Segundo Itapoan o "esquenta banho" originou-se da necessidade dos alunos de se manterem aquecidos. Logo após o termino da aula todos os praticantes corriam para o banheiro afim de tomarem uma chuveirada, no entanto o banheiro da academia era pequeno com um só chuveiro com água fina, o que proporcionava um congestionamento e a inevitável fila. Para não esfriar o corpo, os alunos mais velhos, normalmente os formados tomavam a iniciativa e começava o "Esquenta Banho". Este era um momento fértil da aula, pois se tratava do espaço do aluno, também chamado de "Bumba Meu Boi" ou "Arranca Rabo" devido aos freqüentes desafios para o acerto de contas, como exemplo, descontar um golpe tomado durante a roda. Muitos formados aproveitavam para testar suas capacidades desafiando dois, três, ou mais adversários. Também era muito comum o utilizar esse momento para o treinamento de golpes difíceis e sofisticados como: vingativa, rasteira, banda de costa e etc. 6. Formatura: A formatura era um dia todo espacial para o Mestre e seu alunos, um ritual com direito a paraninfo, orador, e madrinha, lenço de seda azul e medalha. A festa era realizada no Sítio Caruano no Nordeste de Amaralina na presença dos convidados e de toda a academia. Os formando vestidos todo de branco, usando basqueteira, atendiam o chamado do Mestre Bimba que solicitava a demonstração de golpes, seqüência, cintura desprezada, jogo de esquente (jogo combinado), em seguida a prova de fogo, o jogo com os formados, também chamado de "Tira Medalha", um verdadeiro desafio, onde os alunos formados antigos tentavam tirar a medalha dos formados com o pé, e assim manchar a dignidade e roupa impecavelmente branca. Itapoan descreve com muita propriedade, "O objetivo do formado antigo era tirar com um golpe aplicado com o pé, a Medalha do peito do formando, caso isso acontecesse, o aluno deixava de formar, o que era um vexame!". Por isso o aluno jogava com todos os seus recursos, enfrentando um capoeirista malicioso e técnico até o momento que o Mestre apitasse para encerrar o jogo. Aí, o formando conferia se a medalha continuava presa ao peito, que alivio estava formado! Dando continuidade ao ritual de formatura acontecia as apresentações de maculelê, Samba de Roda, Samba Duro e Candomblé.
7. Iuna
A Iuna é uma marca registrada da Capoeira Regional de Mestre Bimba, é um toque de berimbau criado pelo Mestre, que era tocado no final das aulas ou em eventos especiais, uma toque onde só os alunos formados tinham acesso a roda, com a obrigatoriedade de realizar um "jogo de floreio", bonito, criativo, curtido, malicioso e que deveria ter movimentos de projeção. Este jogo suscitava muita admiração e emoção.
8. Curso de Especialização
Este era um curso secreto onde só poderia participar os alunos formados por Mestre Bimba. Tinha como objetivo o aprimoramento da capoeira, com uma ênfase para os ensinamentos de defesa e contra-ataque de golpes advindos de um adversário portando armas como: navalha, faca, canivete, porrete, facão e até armas de fogo. Sua duração era de três meses divididos em dois módulos, o primeiro com a duração de sessenta dias e era desenvolvido dentro da academia através de uma estratégia de ensino muito peculiar do Mestre. O segundo com duração de 30 dias e era realizada na Chapada do Rio Vermelho, tinha como conteúdo as "emboscadas", a qual Itapoan assim se refere "Uma verdadeira guerra, verdadeiro treinamento de guerrilha. Bimba colocava quatro a cinco alunos para pegar um de emboscada. O aluno que tivesse sozinho, tinha que lutar até quando pudesse e depois correr, saber correr, correr para o lugar certo". Ao final do curso o Mestre Bimba fazia uma festa aos moldes da formatura e entregava aos concluintes um "Lenço Vermelho" que correspondia a uma titulação de Graduação dos Formandos Especializados.
9. Músicas
Podemos dividir em duas partes
A primeira referente aos toques de Berimbau, São Bento Grande, Santa Maria, Banguela, Amazonas, Cavalaria, Idalina e Iúna. A rigor cada toque tem um significado e representa um estilo de jogo. São Bento Grande é um toque que tem ritmo agressivo, indica um jogo alto com golpes aprimorados e bem objetivos, um "jogo duro".
A Banguela é um toque que chama para um jogo compassado, curtido, malicioso e floreado. Cavalaria é o toque de aviso, chama a atenção dos capoeiristas que chegou estranhos na roda, outrora avisava da aproximação de policiais. Iúna é um toque especial para os alunos formados por Mestre Bimba, incita um jogo amistoso, curtido, malicioso e com a obrigatoriedade do esquente. Santa Maria, Amazonas e Idalina são toques de apresentação. A segunda eferência é sobre as musicas - quadras e corrido.
As quadras são pequenas ladainhas com versos composto de 4 a 6 linhas. O corrido são cantigas com frases curtas que é repetido pelo coro. Plasticamente a Capoeira Regional é identificada pêlos golpes bem definidos, pernas esticadas, movimentos amplos, jogo alto e objetivo.
Fonte: 360graus.terra.com.br
O Jogo
O jogo Regional, se caracteriza por ser jogado sob os toques da Capoeira Regional: São Bento Grande Regional, Idalina, Banguela, Amazonas, Iúna, segundo os princípios desenvolvidos pelo seu criador, Manoel dos Reis Machado, Mestre Bimba (1900-1947); quando Bimba começou a sentir que a "Capoeira Angola", que ele praticava e ensinou por um bom tempo, tinha se modificado, degenerou-se e passou a servir de "prato do dia" para "pseudo-capoeiristas", que a utilizavam unicamente para exibições em praças e, por possuir um número reduzido de golpes, deixava muito a desejar, em termos de luta. Aproveitou-se então do "Batuque" e da "Angola" e criou o que ele chamou de "Capoeira Regional", uma luta baiana. Possuidor de grande inteligência, exímio praticante da "Capoeira Angola" e muito íntimo dos golpes do "Batuque"(O Batuque, é uma luta braba, violenta, onde o objetivo era jogar o adversário no chão usando apenas as pernas) , intimidade esta adquirida com seu pai, um mestre nesse esporte, foi fácil para Bimba, com seu gênio criativo, "descobrir a Regional".
Não basta ser rápido qualquer toque para que se transforme em Regional o jogo. Tem regra. Tem jogo específico para os toques específicos, tem fundamentos próprios. Jogo Regional pode ser de fora, como também pode ser de dentro. Pode ser alto ou baixo. Pode ser jogado na manha do toque da Banguela, que o Mestre criou para acalmar os ânimos. Mas tem que ser marcado, sincronizado no toque do berimbau único que segura a roda e dá o ritmo do jogo. Não tem que disparar apressado que não possa mais cantar. Pode ser manhoso também. Regional tem força, garra, ritmo e muita ciência também.
As características principais da Capoeira Regional são:

Exame de Admissão

Consistia de três exercícios básicos, cocorinha, queda de rins e deslocamento ( ponte ), com a finalidade de verificar a flexibilidade, força e equilíbrio do iniciante. Em seguida a aula de coordenação onde o aluno aprendia a gingar auxiliado pelo Mestre Bimba. Para ensinar a ginga, Mestre Bimba convidava o aluno para o centro da sala e frente a frente pegava-o pelas mãos e ensinava primeiramente os movimentos das pernas e a colocação exata dos pés, e em seguida realizava o movimento completo em coordenação com os braços. Este momento era importantíssimo para o iniciante pois lhe transmitia coragem e segurança. Acordeon Ex-aluno do Mestre poeticamente diz " ... ELE ERA FORTE NA ALMA TINHA UMA FACA NO OLHAR QUE CORTAVA A GENTE DE CIMA A BAIXO QUANDO ESTAVA A ENSINAR...".

Seqüência de Ensino de Mestre Bimba

O Mestre criou o primeiro método de ensino da capoeira, que consta de uma seqüência lógica de movimentos de ataque, defesa e contra-ataque, podendo ser ministrada para os iniciantes na forma simplificada, o que permite que os alunos aprendam jogando com uma forte motivação e segurança. Jair Moura, Ex-aluno explica " esta seqüência é uma série de exercícios físicos completos e organizados em um número de lições práticas e eficientes, a fim de que o principiante em Capoeira, dentro de um menor espaço de tempo possível, se convença do valor da luta, como um sistema de ataque e defesa ". A seqüência original completa de ensino é formada com 17 golpes, onde cada aluno executa 154 movimentos e a dupla 308, o que desenvolve sobremaneira o condicionamento físico e a habilidade motora específica dos praticantes.
Os golpes integrantes da Seqüência são:
Armada
Arrastão
Bênção
CocorinhaCabeçadaGodemeGalopante
GiroJoelhadaMarteloMeia Lua de Compasso
QueixadaNegativaPalmaMeia Lua de Frente
Rolê

1ª Sequência

Jogador 1 - Meia-lua de frente, meia lua de frente, bênção e aú de rolê.
Jogador 2 - Cocorinha, cocorinha, negativa e cabeçada.

2ª Sequência

Jogador 1 - 2 Martelos, cocorinha, benção e aú de rolê.
Jogador 2 - 2 Rasteiras, armada, negativa e cabeçada.

3ª Sequência

Jogador 1 - Queixada, queixada, cocorinha, bênção e aú de rolê.
Jogador 2 - Cocorinha, cocorinha, armada, negativa e cabeçada.

4ª Sequência

Jogador 1 - Godeme, godeme, arrastão e aú de rolê.
Jogador 2 - 2 parada de godeme, galopante, negativa e cabeçada.

5ª Sequência

Jogador 1 - Arpão de cabeça, joelhada e aú de rolê.
Jogador 2 - Cabeçada, negativa e cabeçada.

6ª Sequência

Jogador 1 - Meia-lua de compasso, cocorinha, joelhada lateral, aú de rolê.
Jogador 2 - Cocorinha, meia-lua de compasso, negativa e cabeçada.

7ª Sequência

Jogador 1 - Armada, cocorinha, benção, aú de rolê.
Jogador 2 - Cocorinha, armada, negativa e cabeçada.

8ª Sequência

Jogador 1 - Bênção e aú de rolê.
Jogador 2 - Negativa e cabeçada.
Cintura Desprezada é uma seqüência de golpes ligados e balões, também conhecidos como Movimentos de Projeção da Capoeira, onde o capoeirista projeta o companheiro, que deverá cair em pé ou agachado jamais sentado. Tem o objetivo de desenvolver a auto-confiança, o senso de cooperação, responsabilidade, agilidade e destreza.
Os golpes que fazem parte desta seqüência são:
CINTURA DESPREZADA
Balão de Lado
Tesoura de costasBalão Cinturado
ApanhadaGravata Alta

Batizado

Momento em que o iniciante jogava pela primeira vez na roda com o acompanhamento de instrumentos. No batizado, o mestre escolhia o formando que jogaria com o calouro e então tocava "São Bento Grande", toque que caracterizava a capoeira regional. Para isso o calouro era colocado no centro da roda, onde o mestre escolhia um apelido a ele. Depois de definido o "nome de guerra" o mestre mandava o calouro pedir a "Benção" do padrinho, que ao estender a mão recebia uma Benção que o jogaria no chão.

Formatura

A cerimônia iniciava com uma roda de formados antigos para que as madrinhas e os convidados pudessem ver o que era a Capoeira Regional. Mestre Bimba ficava ao lado do som, que era formado por 1 Berimbau e 2 pandeiros, comandando a roda e cantando as músicas características da Regional. Terminada a roda, o mestre chamava o orador que geralmente era um formado mais antigo para falar um breve histórico da Capoeira Regional e do mestre.
Após o histórico, o mestre entregava as medalhas aos paraninfos e os lenços azuis (Graduação dos Formados) as madrinhas. Os paraninfos colocavam a medalha ao lado esquerdo do peito do Formado e as madrinhas colocavam os lenços nos pescoços dos seus respectivos afilhados. A partir dai os formados demonstravam alguns movimentos a pedido do mestre para mostrar a sua competência, incluindo os movimentos de "cintura desprezada", "jogo de floreio" e o "escrete" que era o jogo combinado com o uso dos Balões.
Para terminar, chegava a hora do "Tira-medalha" onde o recém formado jogava com um formado antigo que tentava tirar a sua medalha com qualquer golpe aplicado com o pé. Só então depois de passar por isso tudo é que o aluno poderia se considerar aluno formado de mestre Bimba, tendo direito até de jogar na roda quando o mestre estivesse tocando Iuna que era o toque criado por ele para esse fim. A partir dai só restava o curso de especialização que veremos a seguir.

Especialização

Tinha duração de 3 meses, sendo 2 na academia e 1 nas matas da Chapada do Rio Vermelho. Tratava-se de um treinamento de guerrilha, onde aconteciam as emboscadas, armadilhas e etc. , que consistia em submeter o formado a situações das mais difíceis, desde defender-se de 3 ou mais Capoeiristas, até defender-se de armas.
Terminado o curso, o mestre fazia a mesma festa para os novos especializados, e estes recebiam o lenço vermelho que representava a nova graduação. O aluno que se formava ou se especializava, tinha a obrigação de pendurar um quadro com a foto mestre, do padrinho, do orador, e a própria foto.
Fonte: capoeira_regional.vilabol.uol.com.br
Graduação da Capoeira Regional
A Capoeira Regional segue o sistema de graduação do aluno como em outros esportes, a exemplo do Karatê, Judô, que usamos as faixas coloridas como o laranja, marrom, roxo e preto. A capoeira também recebeu esta influência, que originou os cordões. Só que a capoeira Regional dar seguimento a preferência e pela combinação das cores da bandeira brasileira, criada pela Confederação Brasileira de Capoeira (CBC), que vai do 1° ano ao 5° estágio e de aluno formado a mestre. Seguindo a ordem das cores: Verde, Amarelo, Azul, Verde-Amarelo, Banco-Azul e por último Branco.
Hoje temos observado que existe uma grande preocupação por parte do aluno em trocar logo de cordão, esquecendo a parte mais importante do esporte, o conhecimento, os valores dos golpes de defesa e ataque, ter consciência da importância de praticar o esporte, entender a filosofia, ter a convicção e a vocação do que realmente deseja, para exerce-lo com equilíbrio e disciplina.
Não adianta receber cordão e não saber honra-los, em outras palavras, não ser digno e nem ser capacitado, não ter competência. Não só em nível do esporte capoeira, mas como em qualquer outra modalidade do esporte.
Fonte: www.mpalmares.jex.com.br

E.F.: Capoeira Angola



Há uma grande controvérsia em torno da Capoeira Angola, o que faz com que este seja um dos mais difíceis, senão o mais difícil tema para se discutir na capoeira. Muitos capoeiristas ainda acreditam que a Angola é simplesmente uma capoeira jogada mais lentamente, menos agressiva e com golpes mais baixos, com maior utilização do apoio das mãos no chão. Outros explicam que ela contém o que há de essencial da filosofia da capoeira.
Há ainda aqueles que, mais radicais, chegam a afirmar que a Capoeira Angola foi completamente superada na história dessa arte-luta pelas técnicas mais modernas, que seriam mais eficientes e adequadas aos tempos atuais, dizendo que é mero saudosismo querer recuperar as tradições da Angola.
Para que se possa compreender a questão, algumas perguntas devem ser respondidas: A Angola é um "estilo" de capoeira, da mesma forma que há vários estilos de caratê, com técnicas bastante distintas entre si? Todo capoeirista deve optar entre ser um "angoleiro" ou um praticante da Capoeira Regional, criada por Mestre Bimba por volta de 1930? Seria possível jogar a Capoeira Angola de maneira idêntica àquela jogada pelos velhos mestres, que tiveram o seu auge no começo deste século? E, ainda: é possível, nos dias de hoje, traçar uma rigorosa separação entre as principais escolas da capoeira, Angola e Regional?
De uma maneira geral, a Angola é vista como a capoeira antiga, anterior à criação da Capoeira Regional. Dessa forma, a distinção Angola/Regional é muitas vezes entendida como uma separação nestes termos: capoeira "antiga"/capoeira "moderna".
No entanto, a questão não é tão simples assim, uma vez que não houve simplesmente uma superação da Angola pela Regional. Além disso, defender hoje em dia a prática da Capoeira Angola não é apenas querer voltar ao passado, mas buscar na capoeira uma visão de mundo que questionou, desde o princípio, o conceito de eficiência e diversos padrões da cultura urbano-ocidental. Quando a Regional surgiu, já existia uma tradição consolidada na capoeira, principalmente nas rodas de rua do Rio de Janeiro e da Bahia.
Depoimentos obtidos junto aos velhos mestres da capoeira da Bahia lembram nomes importantíssimos na história da luta, como Traíra, Cobrinha Verde, Onça Preta, Pivô, Nagé, Samuel Preto, Daniel Noronha, Geraldo Chapeleiro, Totonho de Maré, Juvenal, Canário Pardo, Aberrê, Livino, Antônio Diabo, Bilusca, Cabelo Bom e outros.
São inúmeras as cantigas que lembram os nomes e as proezas destes capoeiristas, mantendo-os vivos na memória coletiva da capoeira. Um capoeirista de grande destaque entre os que defendiam a escola tradicional foi Mestre Waldemar da Liberdade, falecido em 1990.
Em 1940, Mestre Waldemar já conduzia a roda de capoeira que viria a ser o mais importante ponto de encontro dos capoeiristas de Salvador, aos domingos, na Liberdade. Infelizmente, na sua velhice Mestre Waldemar não teve o reconhecimento que merecia, e não foram muitos os capoeiristas mais jovens que tiveram a honra de conhecê-lo e ouvi-lo contar suas histórias. Morreu na pobreza, como outros capoeiristas célebres, como Mestre Pastinha.
Alguns dos frequentadores das famosas rodas de capoeira tradicional de Salvador ainda dão sua contribuição ao desenvolvimento desta arte-luta, ministrando cursos, palestras e, em alguns casos, apesar da avançada idade, ensinando capoeira regularmente em instituições, principalmente em Salvador, e alguns no exterior.
Conforme foi salientado anteriormente, com o aparecimento de Mestre Bimba, iniciou-se a divisão do universo da capoeira em duas partes, em que uns se voltaram para a preservação das tradições e outros procuraram desenvolver uma capoeira mais rápida e direcionada para o combate.
Como nos informaram os velhos mestres da capoeira baiana, a expressão Capoeira Angola ou Capoeira de Angola somente surgiu após a criação da Regional, com o objetivo de se estabelecer uma designação diferente entre esta e a capoeira tradicional, já amplamente difundida. Até então não se fazia necessária a diferenciação, e o jogo se chamava simplesmente capoeira.
Sabemos que o trabalho desenvolvido por Mestre Bimba mudou os rumos da capoeira, no entanto, muitos foram os capoeiristas que se preocuparam em mostrar que a Angola não precisaria sofrer modificações técnicas, pois já continha elementos para uma eficaz defesa pessoal. Após o surgimento da Regional, portanto, iniciou-se uma polarização na capoeira baiana, opondo angoleiros e discípulos de Mestre Bimba. A cisão ficou mais intensa a partir da fundação, em 1941, do Centro Esportivo de Capoeira Angola em Salvador, sob a liderança daquele que é reconhecido como o mais importante representante desta escola, o Mestre Pastinha (Vicente Ferreira Pastinha, 1889-1981).
O escritor Jorge Amado descreveu este capoeirista como "um mulato pequeno, de assombrosa agilidade, de resistência incomum. (...) Os adversários sucedem-se, um jovem, outro jovem, mais outro jovem, discípulos ou colegas de Pastinha, e ele os vence a todos e jamais se cansa, jamais perde o fôlego" (Jorge Amado, Bahia de Todos os Santos, 1966:209).
Talvez pelo fato de a Capoeira Regional ter se expandido amplamente pelo Brasil, principalmente como uma modalidade de luta, passou-se a difundir a ideia de que a Angola não dispunha de recursos para o enfrentamento, afirmando-se ainda que as antigas rodas de capoeira, anteriores a Mestre Bimba, não apresentavam situações reais de combate. Porém, os velhos mestres fazem questão de afirmar que estes ocorriam de uma forma diferente da atual, em que os lutadores se valiam mais da agilidade e da malícia - ou da "mandinga", como se diz na capoeira - do que da força propriamente dita.
Mestre Pastinha, em seu livro Capoeira Angola, afirma que "sem dúvida, a Capoeira Angola se assemelha a uma graciosa dança onde a 'ginga' maliciosa mostra a extraordinária flexibilidade dos capoeiristas.
Mas, Capoeira Angola é, antes de tudo, luta e luta violenta" (Pastinha,1964:28). Sendo uma prática comum no cotidiano dos anos 30, a capoeira não exigia de seus praticantes nenhuma indumentária especial. O praticante entrava no jogo calçado e com a roupa do dia-a-dia. Nas rodas mais tradicionais, aos domingos, alguns dos capoeiristas mais destacados faziam questão de se apresentar trajando refinados ternos de linho branco, como era comum até meados deste século.
Além disso, é importante observar que tradicionalmente o ensino da antiga Capoeira Angola ocorria de maneira vivencial, isto é, de forma espontânea, sem qualquer preocupação metodológica. Os mais novos aprendiam com os capoeiristas mais experimentados diretamente, com a participação na roda.
Embora já em 1932 tenha sido fundada por Mestre Bimba a primeira academia de capoeira, o aprendizado informal desta arte-luta nas ruas das cidades brasileiras predominou até meados da década de 50. Atualmente, a maior parte dos capoeiristas refere-se à Angola como uma das formas de se jogar a capoeira, não propriamente como um estilo metodizado de capoeira.
Para os não iniciados nesta luta, é importante lembrar que a velocidade e outras características do jogo da capoeira estão diretamente relacionados com o tipo de "toque" executado pelo berimbau. Entre vários outros, existe aquele denominado toque de Angola, que tem a característica de ser lento e compassado. Dessa forma, "jogar Angola" consiste, na maioria dos casos, em jogar capoeira ao som do toque de Angola.
Este cenário, no entanto, vem mudando, com a enorme proliferação de escolas de capoeira Angola, que realizam um sério trabalho de recuperação dos fundamentos dessa modalidade. Dessa forma, a maior parte das academias e associações de capoeira do Brasil, ao realizarem suas rodas, têm o hábito de dedicar algum tempo ao jogo de Angola, que nem sempre corresponde àquilo que os antigos capoeiristas denominavam Capoeira Angola.
Atualmente, o jogo de Angola caracteriza-se por uma grande utilização das mãos como apoio no chão, e pela execução de golpes de pouca eficiência combativa, mais baixos e mais lentos, realizados com um maior efeito estético pela exploração do equilíbrio e da flexibilidade do capoeirista.
De fato, seria tarefa muito difícil reproduzir detalhadamente as movimentações e os rituais da antiga capoeira, mesmo porque ela, como qualquer instituição cultural, tem sofrido modificações ao longo de sua história. No entanto, estamos vivendo, há alguns anos, uma intensa preocupação de recuperação do saber ancestral da capoeira, através do contato com os velhos mestres.
Este fato demonstra uma saudável preocupação da comunidade da capoeira com a preservação de suas raízes históricas. Afinal, se recordarmos que a capoeira, como arte-luta que é, engloba um universo muito mais amplo que simplesmente as técnicas de luta, veremos a quantidade de informações que podem ser obtidas junto aos antigos capoeiristas, que vivenciaram inúmeras situações interessantes ao longo de muitos anos de prática e ensino da arte-luta.
Acreditamos que algumas das mais relevantes características da Angola a serem recuperadas para os dias de hoje são: a continuidade de jogo, em que os capoeiristas procuram explorar ao máximo a movimentação evitando interrupções na dinâmica do jogo; a importância das esquivas, fundamentais na Angola, em que o capoeirista evita ao máximo o bloqueio dos movimentos do adversário, procurando trabalhar dentro dos golpes, aproveitando-se dos desequilíbrios e falhas na guarda do outro; a capacidade de improvisação, típica dos angoleiros, que sabiam que os golpes e outras técnicas treinadas no dia-a-dia são um ponto de partida para a luta, mas precisam sempre ser moldadas rápida e criativamente à situação do momento; a valorização do ritual, que contém um enorme universo de informações sobre o passado de nossa arte-luta e que consiste em um grande patrimônio cultural.
A antiga capoeira marcava-se por um grande respeito aos rituais tradicionais, diferentemente do que ocorre nos dias de hoje. Atualmente, são raras as academias que adotam a denominação de Angola ou Regional para a capoeira que é ali praticada. E, entre as que se identificam como Capoeira Regional, poucas demonstram efetivamente relação direta com o trabalho desenvolvido por Mestre Bimba.
Na verdade, os mestres e professores de capoeira afirmam jogar e ensinar uma forma mista, que concilia elementos da Angola tradicional com as inovações introduzidas por Mestre Bimba. De fato, como afirmamos anteriormente, delimitar a separação entre essas duas escolas da capoeira é algo muito difícil hoje em dia, e há muitos anos sabe-se que a tendência é que a capoeira incorpore as características dessas duas escolas. No entanto, é fundamental que os capoeiristas conheçam a sua história, para que possam desenvolver sua luta de maneira consciente.
A Capoeira Angola e a Capoeira Regional estão fortemente impregnadas de conteúdo histórico, e não se excluem. Completam-se e fazem parte de um mesmo universo cultural.
Fonte: www.cdof.com.br